quinta-feira, 13 de março de 2014

1007 eleitores foram às urnas em 1955 na primeira eleição de Bituruna

No dia 03 de outubro de 1955, há quase 59 anos, Bituruna presenciou sua primeira eleição após ser elevada à condição de município, conforme estipulado na Lei Estadual N° 253, de 26 de dezembro de 1954.

Neste marco histórico, 1007 eleitores exerceram seu direito nas urnas, decidindo o destino do novo governo local. Farid Abrahão, representando a coligação PSD/PSP, conquistou a prefeitura com 536 votos, superando seu oponente João Batista Scaramella, do PTB, que recebeu 451 votos. A democracia se manifestou com 12 votos em branco e 8 nulos.

Para a composição da Câmara de Vereadores, o PSD, aliado do prefeito eleito, garantiu a vitória de Avelino Roveda, com 64 votos. O PSP, também apoiando Abrahão, elegeu outros quatro representantes: Sílvio Sebben (106 votos), Ernesto Gnoato (80), Joaquim Nalon (73) e Malvino Lorenzini (47). Enquanto isso, o PTB, partido do candidato derrotado à prefeitura, assegurou quatro vagas, incluindo Roberto Bespalez, o vereador mais votado com 122 votos. Mais tarde, em 1959, Bespalez se tornaria candidato a prefeito, protagonizando uma eleição memorável que dividiu Bituruna ao meio. O PTB também contou com Beágio Perizzolo (54 votos), José Menegat (45) e Pedro Fiorelli (42). A eleição proporcional registrou 13 votos em branco e 7 nulos.

Os registros detalhados desse pleito inaugural podem ser consultados na ata digitalizada, disponível no site do TRE/PR, oferecendo uma fascinante viagem ao passado democrático de Bituruna.


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Farid Abrahão: orador e poeta - Inúmeros relatos orais revelam que Farid Abrahão era um exímio orador, que prendia a atenção do público e o levava, não raras vezes, às lágrimas. Inúmeras personalidades políticas da época, inclusive do cenário estadual, recorriam à Farid para escrever discursos. Aliás, seu talento como escritor, pode ser apreciado neste poema, onde ele descreve Bituruna com rara beleza: “Aí está este pedaço de pátria, sintonizado com gigantesca e denodada luta a cadência de seus passos que dizem o progresso e o amor de sua gente. Terra onde o trigo doira lombas e coxilhas, o milho balança suave no abraço fraterno das brisas mornas e muitas vezes frias, as árvores frutíferas embalam--se nos zunidos das abelhas e tudo isto forma a letra do hino encantador, que fala dos céus, das matas, dos rios, da riqueza esplendorosa de BITURUNA”.

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