No ano de 1955, Juscelino Kubitschek ascendia à presidência do Brasil, com a promessa ambiciosa de impulsionar o país para um desenvolvimento equiparável a "50 anos em 5". Enquanto isso, aqui em Bituruna, testemunhávamos a instalação oficial do município, marcada pela realização das eleições para prefeito e vereadores, seguida pela posse de Farid Abrahão como o primeiro prefeito da cidade.
Conforme registrado na "Ata de Posse" - documento que ecoa os detalhes desse marco histórico -, a cerimônia teve lugar em 14 de dezembro, pontualmente às 16 horas da tarde, nas dependências do Clube União e Progresso, localizado onde hoje ergue-se o Banco do Brasil. Segundo o registro, "o Sr. Avelino Roveda, presidente da Câmara de Vereadores, empossou no cargo de prefeito municipal, após este prestar o compromisso legal, o Sr. Farid Abrahão, eleito em 03 de outubro do corrente ano e diplomado em 19 de novembro...".
A "Ata de Posse", embora concisa, não deixou de mencionar o discurso proferido pelo prefeito recém-empossado. Farid Abrahão expressou gratidão pelos votos recebidos e rendeu homenagens aos pioneiros de Bituruna, "representados na ocasião pelo Sr. João Ghilardi, sócio da ex-empresa Colonizadora Santa Bárbara". Durante seu discurso inaugural, o prefeito destacou os feitos já realizados em prol do recém-estabelecido município, embora tais conquistas não estejam documentadas.
A cerimônia contou com a participação de pouco mais de uma centena de pessoas, cujos nomes foram registrados para a posteridade. Entre os presentes, destacavam-se membros de famílias proeminentes, como Ravanello, Nallon, Bet, Coradin, Vanzin, Zembruski, Isoton, Roveda, Benazzi, Gnoatto (Nhoato), Levis, Dalmas, Franchin, Fiorelli, entre tantos outros, testemunhas desse momento histórico de nossa cidade.
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