sábado, 8 de outubro de 2016

Um pouco sobre as 17 eleições para prefeito realizadas em Bituruna desde 1955

No último domingo, 02 de outubro, 10.523 eleitores foram às urnas para escolher prefeito e vereadores que vão administrar Bituruna a partir de 2017. O resultado apurado logo após o encerramento da votação indicou a vitória de Claudinei de Paula Castilho (PSDB), o “Neguinho da Escotel”, e Rodrigo Marcante, que receberam 5.519 (56,87%) votos. O candidato da oposição, Vilmar Isoton (PMDB), obteve 4.185 votos (43,13%). Parece pouco, mas a diferença de 1.334 votos - ou 13,74% - é bem significativa, quando comparada a outros pleitos eleitorais para prefeito.

Aliás, existem inúmeras curiosidades nas 17 eleições já realizadas em Bituruna, duas delas, como todos sabem, suplementares (2011 e 2015). Fizemos uma rápida pesquisa nas atas de todas as eleições, desde a primeira (1955), disponíveis atualmente no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Confira um pequeno resumo de cada eleição. Não entramos, é claro, nas questões de bastidores, nas “encrencas” que sempre permeiam os processos eleitorais, pois nos prendemos única e exclusivamente aos números. Confira.

1955 - Na primeira eleição, Farid Abrahão (PSD) foi eleito prefeito ao receber 536 (54,31%) votos. Seu adversário, João Batista Scaramella (PTB), obteve 451 (45,69%) votos. A diferença foi de apenas 85 sufrágios. Doze eleitores votaram em branco e oito anularam o voto. No total 1.007 biturunenses foram às urnas em 1955.

1959 – Na eleição considerada a mais acirrada da história, Hilário Clivatti (PSD) obteve 865 (51,30%) votos, contra 821 (48,70%) de Roberto Bespalez (partido não informado na Ata do TRE). Diferença apertadíssima de apenas 44 sufrágios ou 2,60% dos votos válidos. Na eleição, vinte e seis eleitores votaram em branco e apenas um teve o voto anulado. Nesse pleito, o número de votantes foi de 1713.

1963 – Após a disputa acirrada de 1959 (que levou muita gente a deixar o município) as lideranças políticas parecem ter chegado a um consenso e Avelino Roveda (PTB) foi lançado candidato único, recebendo 1.349 votos (92% dos sufrágios válidos). Votaram em branco 111 eleitores e outros cinco anularam o voto. O número de eleitores chegou a 1.465.

1968 – Neste ano Farid Abrahão (ARENA 2) foi eleito prefeito pela segunda vez, obtendo 1.629 (72,5%) dos votos, derrotando Arlindo José Clivatti (ARENA 1), que recebeu 617 (27,5%) votos. Diferença de 1.012 votos, bem significativa, pois participaram do pleito 2.271 eleitores. Os votos brancos somaram 19 e os nulos seis.

1972 – Apesar de ter obtido 1.180 (44,05%) votos, Carlos Bernardo Roveda (ARENA), não foi o vencedor da eleição, pois os outros dois candidatos a prefeito, Arlindo Rochembach (MDB 1) e Guerino Leonardi (MDB 2), receberam 852 (31,80%) e 647 (24,15%) sufrágios respectivamente. Somados, os dois candidatos obtiveram 1.499 votos, garantindo a vitória ao MDB, que à época fazia dura oposição ao Regime Militar. Dessa forma Arlindo Rochembach tornou-se o quinto prefeito de Bituruna. Enfim, as regras eleitorais eram outras... No pleito foram contabilizados 25 votos brancos, 20 nulos e um total de 2.724 eleitores.

1976 – Nessa eleição, a ARENA, partido ligado aos militares, elegeu como prefeito o empresário Paulo Roberto Geyer. Ele obteve 1.300 (43,04%) votos e seu companheiro de partido, também candidato, Ermínio Leonardi, obteve 656 (21,72%) sufrágios. Somados, os candidatos da ARENA fizeram 1.956 votos. Já o adversário, Angelo Dalgallo (MDB), recebeu 1.064 (35,23%) sufrágios. A diferença entre o vencedor e o derrotado foi de 892 votos. No total 3.100 biturunenses foram às urnas e, destes, 35 votaram em branco e outros 45 anularam o sufrágio.

1982 – Na eleição, quatro candidatos concorreram à prefeitura de Bituruna: pelo PSD, Valdir Rossoni e Carlos Bernardo Roveda, e pelo PMDB, Alcides Rochembach e José Marcon. O PSD saiu vitorioso, conquistando 2.287 (52,82%) votos, dos quais 1.690 foram para Valdir Rossoni, que começava sua trajetória política. O PMDB de Alcides e José obteve 2.043 (47,18%) sufrágios. Considerando os votos dos dois partidos, a diferença foi de apenas 244 votos ou 5,64%. Eleição fácil em Bituruna? Difícil, não é mesmo? O número de eleitores em 1982 foi de 4.645. Votos em branco: 193. Votos nulos: 122.

1989 – Na primeira eleição após o fim do Regime Militar, três candidatos participaram do pleito em Bituruna: João Nhoatto (PMDB), vencedor, com 2.568 (47,53%) votos, Carlos Roveda (PFL), com 2.133 (39,48%) sufrágios, e Eugênio da Rosa (PT), com 421 (7,79%) votos. A diferença entre Nhoatto e Roveda, os dois principais candidatos, foi de 435 votos. No total o pleito contou com a participação de 5.850 eleitores. Votaram em branco 332 pessoas e anularam o sufrágio outras 116.

1992 – Lauro Agustini (PDC) e Bernardo Vergopolan (PT) participaram do pleito para prefeito. Agustini obteve a vitória, conquistando 3.901 (67,97%) votos, contra 1.838 (32,03%) sufrágios de Vergopolan. A diferença foi de 2.063 votos. Os demais dados não encontram-se disponíveis na Ata do TRE e assim que obtivermos acrescentamos ao texto.

1996 – Mais uma eleição que movimentou a sociedade biturunense. Participaram do pleito José Costantino de Lara Ribas (PDT), o “Bituruna” (PDT), e o ex-prefeito João Nhoatto (PSDB). A disputa foi acirrada e o “Bituruna” acabou sendo o vencedor, obtendo nas urnas 4.552 (56,85%) votos, contra 3.454 (43,15%) sufrágios de Nhoatto. Diferença de 1.098 votos. Os demais dados não encontram-se disponíveis na Ata do TRE e assim que obtivermos acrescentamos ao texto.

2000 - Em números absolutos, sem levar em consideração o número de eleitores em diferentes épocas, esta foi uma das vitórias mais elásticas para prefeito. O empresário Remi Ranssolin (PTB) obteve 5.515 (67,45%) votos, seguido por Eugênio da Rosa (PT), com 1.679 (20,54%) sufrágios, e Vilmar Isoton (PMDB), com 982 (12,01%) votos. A diferença do primeiro para o segundo colocado foi de 3.836 votos. Vitória, de fato, maiúscula para os padrões políticos biturunenses. Compareceram às urnas 8.929 eleitores. Votos em branco: 154. Votos nulos: 599.

2004 – O ex-prefeito Lauro Agustini (PDT) é eleito novamente para o executivo biturunense, ao obter 5.003 votos (53,40%). O candidato derrotado, Vilmar Isoton (PMDB), recebeu 4.365 (46,60%) sufrágios. A diferença foi de 638 votos. Os demais dados não encontram-se disponíveis na Ata do TRE e assim que obtivermos acrescentamos ao texto.

2008 – O ex-prefeito Remi Ranssolin (PTB) obteve a vitória nas urnas, recebendo 5.555 (55,10%) votos, seguido por Lauro Agustini (PSC), 3.806 (37,77%) sufrágios, Marcos Bertoletti, 469 (4,65%) votos, e Vilmar Isoton (PMDB), 250 (2,48%) sufrágios. Votaram 10.488 eleitores. Votos em branco: 74. Votos nulos: 334.

2011 – A primeira eleição suplementar do município teve o resultado mais “apertado” da história biturunense: Rodrigo Rossoni obteve 4.614 (49,03%) dos votos válidos, vencendo Carlos Roberto de Oliveira, o “Robertinho”, que fez 4.550 (48,35%). Diferença de apenas 64 votou ou 0,69%!!! Menos de 1%! Histórico! Resultado mais apertado que o pleito de 1959 que, apesar de ter a diferença de apenas 44 votos, em termos percentuais teve a diferença de 2,60%. Em 2011, o pleito ainda contou com a participação do candidato pemedebista Vilmar Isoton, que recebeu 247 votos (2,55%). Votaram 9.682 eleitores. Votos em branco: 91. Votos nulos: 180.

2012 – Apenas dois candidatos participaram do pleito. A candidata tucana Catiani A. Nhoatto Rossoni (PSDB) venceu a eleição, recebendo 5.840 votos (57,84%), contra 4.256 (42,16%) obtidos por Carlos Roberto de Oliveira, o “Robertinho” (PP). Diferença de 1.584 votos. Votaram 10.591 eleitores. Votos em branco: 132. Votos nulos: 363.

2015 – Na segunda eleição suplementar de Bituruna, o candidato Claudinei de Paula Castilho (PSDB), conhecido como “Neguinho da Escotel”, conquistou a vitória, recebendo 4.195 (49,27%) dos votos válidos. Os outros dois candidatos tiveram o seguinte desempenho: Vilmar Isoton (PMDB) obteve 3.366 (39,53%) votos e Ângelo Masiero Netto (PSB) recebeu 954 (10,03%) sufrágios. A diferença entre “Neguinho” e Vilmar foi de 829 votos. O total de eleitores que compareceram às urnas foi de 9.502. Registrou-se 366 votos em branco e 628 votos nulos.


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